Poesia de Mim
Ao abrir a porta...
um futuro escrito
apenas no rito
de nanquim e pena...
Sem o mar das linhas
há tempos lendárias
encontro teus olhos
em meio às araucárias.
Não decifrei os pedidos
que neles moravam.
Mas a súplica era tanta
que trôpego disse, sim.
E num bailar de encantos
à tanto rascunhados
enfim, ouvi acalantos
para os dias nublados.
Ah poesia de mim!
O que fazer do sonho
agora renascido assim
nas noites que lhe proponho?
O que era sonho poético
agora são olhos reais
de um outono senão épico
mas de penumbras fatais.
Anderson Julio Lobone
Enviado por Anderson Julio Lobone em 25/05/2009
Alterado em 01/11/2012