Ordálio
Outra vez,
quis em vão,
me ausentar
do teu mundo.
Qual um eremita,
mergulhar no deserto
da minha alma
frágil e sem calma.
Todavia,
desta feita,
como num ordálio
previsível e sombrio,
tua voz me inundou
em ondas fatais,
e tuas mãos,
hoje calejadas,
tocaram leves...
meu sorriso
guardado em caixa
de papel crepom.
Heroína e vilã,
eis me outra vez
aos teus pés.
Rapapés à ti...
E minhas juras
de volta aqui.
Meu pedido,
em tom dolorido:
Cuide do teu refém,
ou o deixe...
à outrem.
Anderson Julio Lobone
Enviado por Anderson Julio Lobone em 07/12/2007